Por definição um movimento que o leva a um estágio inferior, o Downgrade pode guardar a chave do sucesso da sua carreira, se for escolhido pelos motivos certos e comunicado da maneira certa.
Ouvimos a vida inteira que ninguém pode ter tudo e sabemos que realmente vivemos em um diário exercício de renúncia. Fato. À luz da minha experiência digo que se não podemos ter tudo, também não suportamos perder tudo, por isso é tão importante que pensemos no que podemos renunciar na carreira para traçar novos caminhos.
Respire fundo e reflita: Você se conhece bem? Já mapeou seu perfil comportamental? Tem fluência para falar do produto “você”? Suas motivações, forças e pontos de oportunidade? Os cuidados que deve tomar ao lidar com os outros? Caso alguma destas respostas seja não, invista nisso. Decisões precisam de análise e no caso da carreira, o principal objeto da análise é você.
Entendendo que a fase de autoconhecimento precisa ser bem conduzida, pensemos na razão de se fazer um Downgrade: Simples, o movimento é válido quando este passo atrás te gera impulso para ir mais longe. Por exemplo: Quem quer mudar de carreira e já tem uma posição sênior, vai precisar fazer sua estreia em uma posição mais inicial. Para caminharmos um pouco mais, destaco a seguir:
Pontos a serem avaliados para uma renúncia: salário, benefícios, status;
Ponto que não se pode negociar: Coerência com sua missão e valores; Desafio.
Decidiu realmente fazer o Downgrade? É uma decisão estratégica, que suporta o seu objetivo? A posição que você está pleiteando vai preservar o cumprimento da sua missão de vida, o exercício dos seus valores e te desafiar? Ótimo! Agora você precisa convencer o selecionador a te escolher em face destas renuncias. Tarefa complexa…
Peço a você mais um momento de reflexão: Veja o selecionador como um profissional avaliado pela qualidade das seleções que faz. A busca dele é pelo profissional mais aderente à posição em questão, com maior probabilidade de se desempenhar bem e trazer resultados para a organização. Quando o selecionador rejeita um candidato em Downgrade é porque viu neste candidato um risco de turnover, em médio prazo, por iniciativa do colaborador ou da organização. Porque entende que passada a angustia da recolocação, o colaborador vai ansiar por outra posição no nível anterior.
Então, como sair da caixinha do risco? Mostrando ao selecionador, de forma clara e objetiva, o motivo da sua opção por aquela vaga. Tenha um plano de carreira estruturado, evidencie ao selecionador que sua opção pelo Downgrade é estratégica e, principalmente, pautada no modelo ganha-ganha: você ganha uma oportunidade de fazer cumprir seu plano de carreira e a organização ganha um colaborador consciente e motivado.
Na carreira, como em tudo na vida, quando você não se planeja para acertar, já está se planejando para errar. Procure ajuda profissional e seja protagonista da sua história!
Sucesso!!1